segunda-feira, 28 de maio de 2012

Audiência pública na Câmara de vereadores de Juiz de Fora, realizada no dia 24/05/2012, expõe os problemas enfrentados pelos skatistas de Juiz de Fora.


Fonte: http://franciscocanalli.com.br/blog/?p=1253

O plenário da Câmara Municipal ficou lotado durante toda a tarde de hoje, durante a realização da Audiência Pública para discutir a situação geral do esporte e dos equipamentos públicos necessários para a prática esportiva em Juiz de Fora, solicitada pelo vereador Francico Canalli(PMDB).  O foco da discussão , entretanto, foi a questão da construção das pistas de skate e da raia de malha no Parque da Lajinha, uma vez que os skatistas eram a grande maioria em plenário. “O prefeito Custódio Mattos prometeu que estes dois equipamentos seriam construídos e o Parque da Lajinha seria reunaugurado com grandes eventos de skate e malha. Queremos quer que essa promessa não será quebrada”, afirmou Canalli.
A promessa da construção das pistas foi feita pelo Executivo no início de 2011. O Através do Conselho Municipal de Esportes uma verba do Governo Federal no valor de R$250 mil foi empenhada para a construção.  “Naquela época o Prefeito comemorou a notícia,  as até agora nada aconteceu. Tivemos acesso às plantas sobre as reformas no Parque da Lajinha mas,  tanto a pista de skate quanto a raia de malha só passaram a integrar a planta depois que foi publicada uma matéria sobre o assunto em um jornal local.  Na matéria o governo afirmou que não possuía dinheiro para a construção de uma pista de alto nível.  Assumimos um compromisso com a cidade de Juiz de Fora e com o esporte quando iniciamos nosso mandato. Queremos que o governo cumpra com o compromisso assumido e estamos aqui para cobrar. Esse projeto tem que sair do papel”, argumentou Canalli.
O Secretário Municipal de Esporte e Lazer, Renato Miranda, informou que o Projeto apresentado pela associação foi considerado insuficiente para atender à demanda dos skatistas. “Solicitamos um novo projeto a outro arquiteto e vamos construir uma pista utilizando o R$250 mil e colocando R$ 300 mil de verba municipal. Mas toda obra pública passa por um roteiro. Nosso desejo é que ela seja inaugurada ainda este ano, mas isso depende da Caixa Econômica Federal, do Ministério dos Esportes”, discursou Miranda.  Ele ainda ressaltou que a Prefeitura pretende construir um equipamento de alto nível.  “O projeto novo, no valor de R$600 mil, com certeza será acompanhado pela Associação de Skate  e se ela achar que precisam ser feitas alterações isso será feito”, argumentou.
“Dizer que a verba destinada pelo Ministério é insuficiente e que não vai atender as necessidades dos skaitistas e que uma de R$600 mil vai atender é algo equivocado. A demanda existente em Juiz de Fora para uma prática desse esporte é muito grande. È preciso adequar as pistas existentes e construir uma nova, dentro as especificações técnicas. Somos parceiros da prefeitura nesse projeto e estamos prestando todas as informações necessárias. O que queremos é que a licitação especifique  que as empresas participantes devem  ter experiência comprovada na construção de pistas de skate no país. Se optarem por um projeto de alguém que não é especializado em skate, que a Prefeitura assuma o ônus de construir mais uma pista que não atenderá o skate em Juiz de Fora. Queremos acabar com mal estar e acreditamos que é preciso, apenas, de um pouco mais de dedicação ao assunto”, argumentou o representante da Associação de Skatistas de Juiz de Fora, Brunner Lopes. Segundo ele a maior parte das 20 pistas existentes foram construídas fora das especificidades técnicas e estão em péssimas condições de uso.
José Eugênio Montebunhuli, vice-presidente da Liga de Malha, ressaltou que os R$30 mil previstos pelo Ministério para a construção da raia de Malha são insuficientes, mas que a construção do espaço pode trazer muitos benefícios à cidade, atraindo eventos de alto nível.

Outros esportes

Representantes de diversas modalidades esportivas  estiveram presentes e também colocaram seu descontentamento em relação a falta de políticas públicas que beneficiem todas a modalidades, sem distinção. Neste sentido, o vice-presidente do Sindicato de Clubes de Minas Gerais, Basileu Tavares, ressaltou que a criação da Secretaria de Esportes e Lazer já foi um grande passo. “Mas é preciso entender que a construção de políticas públicas eficientes para todas as modalidades depende da interlocução entre todos os interesados. A Prefeitura tem que fazer política junto com o Conselho Municipal de Desportos  e todos os setores interessados no esporte de Juiz de Fora”. O representante do Juiz de Fora e Região Convention & Visitors Bureau, Luiz Carlos Pessoa, ressaltou que o esporte de Juiz de Fora só terá desenvolvimento com a ação conjunta  de  quatro entidades: UFJF, Secretaria de Esportes, Convention Bureau e Conselho Municipal de Desportos

Em relação aos demais esportes, Renato Miranda expôs realizações desde que foi criada a Secretaria de Esporte e Lazer, como os jovens atendidos em escolinhas de diversas modalidades, os programas Gente em Primeiro Lugar e JF Esporte e Cidadania, a Copa Caem de Futebol Amador, os Jogos Panamericanos Escolares e ressaltou  que campos de futebol estão sendo restaurados na cidade. Destacou também a construção do Ginásio Poliesportivo.

Como integrante do Conselho Municipal de Desportos, Canalli ressaltou também a  necessidade de se respeitar o Conselho como entidade deliberativa e buscar uma política pública que atenda a todas as modalidades. Ainda levantou a necessidade de melhorar o aporte financeiro destinado ao Fundo Municipal de Esporte- FUMAP. “Nossos atletas, sem recursos, já se sobressaem em competições nacionais e internacionais. É  preciso que o esporte de Juiz de Fora pare de mendigar apoio”, argumenta Canalli.