Audiência pública na Câmara de vereadores de Juiz de Fora, realizada no dia 24/05/2012, expõe os problemas enfrentados pelos skatistas de Juiz de Fora.
Fonte: http://franciscocanalli.com.br/blog/?p=1253
O plenário da Câmara Municipal ficou lotado durante toda a tarde de
hoje, durante a realização da Audiência Pública para discutir a situação
geral do esporte e dos equipamentos públicos necessários para a prática
esportiva em Juiz de Fora, solicitada pelo vereador Francico
Canalli(PMDB). O foco da discussão , entretanto, foi a questão da
construção das pistas de skate e da raia de malha no Parque da Lajinha,
uma vez que os skatistas eram a grande maioria em plenário. “O prefeito
Custódio Mattos prometeu que estes dois equipamentos seriam construídos e
o Parque da Lajinha seria reunaugurado com grandes eventos de skate e
malha. Queremos quer que essa promessa não será quebrada”, afirmou
Canalli.
A promessa da construção das pistas foi feita pelo Executivo no
início de 2011. O Através do Conselho Municipal de Esportes uma verba do
Governo Federal no valor de R$250 mil foi empenhada para a construção.
“Naquela época o Prefeito comemorou a notícia, as até agora nada
aconteceu. Tivemos acesso às plantas sobre as reformas no Parque da
Lajinha mas, tanto a pista de skate quanto a raia de malha só passaram a
integrar a planta depois que foi publicada uma matéria sobre o assunto
em um jornal local. Na matéria o governo afirmou que não possuía
dinheiro para a construção de uma pista de alto nível. Assumimos um
compromisso com a cidade de Juiz de Fora e com o esporte quando
iniciamos nosso mandato. Queremos que o governo cumpra com o compromisso
assumido e estamos aqui para cobrar. Esse projeto tem que sair do
papel”, argumentou Canalli.
O Secretário Municipal de Esporte e Lazer, Renato Miranda, informou
que o Projeto apresentado pela associação foi considerado insuficiente
para atender à demanda dos skatistas. “Solicitamos um novo projeto a
outro arquiteto e vamos construir uma pista utilizando o R$250 mil e
colocando R$ 300 mil de verba municipal. Mas toda obra pública passa por
um roteiro. Nosso desejo é que ela seja inaugurada ainda este ano, mas
isso depende da Caixa Econômica Federal, do Ministério dos Esportes”,
discursou Miranda. Ele ainda ressaltou que a Prefeitura pretende
construir um equipamento de alto nível. “O projeto novo, no valor de
R$600 mil, com certeza será acompanhado pela Associação de Skate e se
ela achar que precisam ser feitas alterações isso será feito”,
argumentou.
“Dizer que a verba destinada pelo Ministério é insuficiente e que não
vai atender as necessidades dos skaitistas e que uma de R$600 mil vai
atender é algo equivocado. A demanda existente em Juiz de Fora para uma
prática desse esporte é muito grande. È preciso adequar as pistas
existentes e construir uma nova, dentro as especificações técnicas.
Somos parceiros da prefeitura nesse projeto e estamos prestando todas as
informações necessárias. O que queremos é que a licitação especifique
que as empresas participantes devem ter experiência comprovada na
construção de pistas de skate no país. Se optarem por um projeto de
alguém que não é especializado em skate, que a Prefeitura assuma o ônus
de construir mais uma pista que não atenderá o skate em Juiz de Fora.
Queremos acabar com mal estar e acreditamos que é preciso, apenas, de um
pouco mais de dedicação ao assunto”, argumentou o representante da
Associação de Skatistas de Juiz de Fora, Brunner Lopes. Segundo ele a
maior parte das 20 pistas existentes foram construídas fora das
especificidades técnicas e estão em péssimas condições de uso.
José Eugênio Montebunhuli, vice-presidente da
Liga de Malha, ressaltou que os R$30 mil previstos pelo Ministério para a
construção da raia de Malha são insuficientes, mas que a construção do
espaço pode trazer muitos benefícios à cidade, atraindo eventos de alto
nível.
Outros esportes
Representantes de diversas modalidades esportivas estiveram
presentes e também colocaram seu descontentamento em relação a falta de
políticas públicas que beneficiem todas a modalidades, sem distinção.
Neste sentido, o vice-presidente do Sindicato de Clubes de Minas Gerais,
Basileu Tavares, ressaltou que a criação da Secretaria de Esportes e
Lazer já foi um grande passo. “Mas é preciso entender que a construção
de políticas públicas eficientes para todas as modalidades depende da
interlocução entre todos os interesados. A Prefeitura tem que fazer
política junto com o Conselho Municipal de Desportos e todos os setores
interessados no esporte de Juiz de Fora”. O representante do Juiz de
Fora e Região Convention & Visitors Bureau, Luiz Carlos Pessoa,
ressaltou que o esporte de Juiz de Fora só terá desenvolvimento com a
ação conjunta de quatro entidades: UFJF, Secretaria de Esportes,
Convention Bureau e Conselho Municipal de Desportos
Em relação aos demais esportes, Renato Miranda expôs realizações desde que foi criada a Secretaria de Esporte e Lazer, como os jovens atendidos em escolinhas de diversas modalidades, os programas Gente em Primeiro Lugar e JF Esporte e Cidadania, a Copa Caem de Futebol Amador, os Jogos Panamericanos Escolares e ressaltou que campos de futebol estão sendo restaurados na cidade. Destacou também a construção do Ginásio Poliesportivo.
Como integrante do Conselho Municipal de Desportos, Canalli ressaltou também a necessidade de se respeitar o Conselho como entidade deliberativa e buscar uma política pública que atenda a todas as modalidades. Ainda levantou a necessidade de melhorar o aporte financeiro destinado ao Fundo Municipal de Esporte- FUMAP. “Nossos atletas, sem recursos, já se sobressaem em competições nacionais e internacionais. É preciso que o esporte de Juiz de Fora pare de mendigar apoio”, argumenta Canalli.
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